sexta-feira, junho 13, 2014

Raiou um tórrido hoje

Sentimento insólito, desmedido
Corre por dentro e queima o peito
Dilacera a alma a despeito
De um pranto incontido

Ah, quem dera fosse só saudade
Do que fora um dia minha metade!

Saudade, amarga companhia
De nome certo e determinado
Por um lindo sorriso já dado
Hoje sou só nostalgia

Ah, quem dera fosse só saudade
O que a todo tempo me invade!

(Marcelo Guimarães)






segunda-feira, julho 29, 2013

Aromas de flores
aguçam os sentidos
lembranças em cores
de outros tempos vividos...

(Marcelo Guimarães)

 
Passo em descompasso
no caminho para frente,
tortuoso e pedregoso,
Sigo descalço...

(Marcelo Guimarães)


sexta-feira, abril 19, 2013

Uma breve reflexão sobre a TV brasileira

Uma situação importante que o brasileiro deveria tomar partido é a questão da TV aberta. A TV aberta, no Brasil, é uma concessão pública na qual o governo transfere a execução de um serviço público para uma empresa privada. Ora, se é público é do povo e deveria, em tese, ser feita para o povo no sentido de não apenas entreter, mas também trazer educação e informar IMPARCIALMENTE, dentre outros pontos importantes, visando sempre o interesse público e o bem-estar social. No entanto, vislumbramos há certo tempo a TV sendo usada apenas como meio de favorecimento político, marketing, bem como difundindo a alienação intelectual e induzindo ao capitalismo selvagem, que assola a sociedade contemporânea de uma forma geral. Entendo que nosso papel, enquanto cidadãos, é de cobrar, denunciar, e exigir que a prestação do serviço público ora em comento seja exercido de modo a assegurar a dignidade da pessoa humana, bem como a respeitar a nossa própria inteligência. O certo é que, se não tratarmos do assunto a situação permanecerá e o brasileiro continuará alienado, elegendo seus representantes mediante interesses pessoais, colaborando para crescente imoralidade política brasileira. Então, afinal, qual é o “interesse público”?

(por Marcelo Guimarães)

quinta-feira, janeiro 03, 2013

Ainda há tempo

Saudade mesmo eu sinto do mato
dos dedos dos pés cravados na terra
a léguas e léguas daquele insensato
homem animal, que a própria vida enterra.
Nessas Minas Gerais aprendi da simpleza
com minha mãe aprendi a verdade
que com amor me ensinou da pureza
das flores e suas metades.
De Deus recebi uma dádiva
essa vontade de mudar o mundo
pois o homem pode ser o lobo do homem
mas é da bondade que ele é oriundo.

(Marcelo Guimarães)


sábado, dezembro 08, 2012

Um cálice de vida em um feixe de luz


Pela vida que passaste pouco levaste;
um cálice ou um sopro, e la vai a vida.
Como tempo perdido foi o tempo que amaste
Por meros devaneios recebeste acolhida.

Meu rumo tão incerto fica à margem do real
meditando uma existência paralela
entre o que se ve e o surreal.

Pelo caminho designado
restam meus passos pelo chão
por já ter sido alienado
desejo agora luz e não mais escuridão.

Nessa busca incessante e descabida,
meu destino desconheço.
Só conheço meu desejo
de conhecer essa essência, essa essência desmedida.

(Marcelo Guimarães)



quinta-feira, maio 26, 2011

Do lado

Sem mais delongas. Enfim chegaste!
Sêde prudente com meu coração
Bela menina que me encantaste
Sendo vida por entre a canção.

De prosa e verso se fez amizade
Trouxeste luz a escuridão.

És o presente a mim dedicado
Por detrimento a desilusão
Tens o gesto mais delicado
Tal como flor desta estação.

Meu exílio é a ilha que é teu sorriso
Meu céu é o que em ti prevalece
Dos dias contigo é do que preciso
Teu sentimento me enobrece.

(Marcelo Guimarães)



terça-feira, abril 05, 2011

"Mais importante que o que você diz e pensa é a forma com que você age, pois a forma com que você age mostra exatamente o que você pensa!"

(Marcelo Guimarães)

quinta-feira, março 17, 2011

A Luz do Candeeiro

Fizeste de mim homem sábio
Vós que entraste sem bater
E que nunca tocaste em meu lábio
Por mais que, ao contrário, dissese o querer.

És tu que cria o sorriso do triste
Com canções de escárnio e mal-dizer.

Então, pôr-me-ei a cantar
Em prelúdio um sol maior
Com candeeiro a iluminar
Enaltecendo-te, amor!

Assim, enseja o insólito porvir
Vida de sátiras incondizentes
E sentimentos que não se pode exprimir.

(Marcelo Guimarães)

quarta-feira, março 16, 2011

Volúpia dos Anjos

Saberia descrever-me a essência do anjo?
Poderia, ainda, emoldurar sua candura?

Ah, se pudesse ser ouvida a voz do taciturno
e se sua volúpia fosse um brado noite a dentro
e se, desguarnecido o coração,
se voltasse para si e a encontrasse?

Donde viriam os quatro ventos?
E o que diriam as vozes d'outros anjos?

Por sorriso dado de menino
De olhar lançado por amar
De vida entrelaçada por destino
Uma vida no céu vim a sonhar!

(Marcelo Guimarães)

domingo, março 06, 2011

Véspera de mais uma primavera

Com o passar dos anos você ganha mais do que cabelos brancos.
Com o passar dos anos você perde mais do que centenas de fios de cabelo.
Com o passar dos anos você perde a fé que possuia nas pessoas.
Com o passar dos anos você recupera a fé que havia perdido nessas pessoas.
Com o passar dos anos você percebe que, como outrora já havia concluído,
a humanidade realmente não é digna da fé que você voltou a direcionar a ela.
Com o passar dos anos você se decepciona muitas vezes.
Perdoa, perdoa, e torna a decepcionar-se, mesmo com aquela pessoa que,
um dia, lhe fez voltar a ter fé no homem.
Com o passar dos anos você deixa de acreditar em Deus mas, no momento seguinte, se quebranta e pede perdão por blasfemar, e percebe que sem Ele, tudo estaria pior.
Com o passar dos anos você percebe que é tão falho quanto seu próximo,
e que o que lhe diferencia dele é a transparência com que você lida com essas falhas, e o que você faz pra ser melhor do que aquilo que você abomina.
Com o passar dos anos você percebe que, na verdade, o que menos importa são o passar dos anos mas, sim, tudo o que você aprendeu com os anos que passaram.

(Marcelo Guimarães)

sábado, fevereiro 19, 2011

Confusão

De forma esparsa e leve
As idéias surgem desorganizadas,
A busca por uma justaposição se faz inútil
Semelhante a um monte de lixo que o vento espalha.
Quisera eu que meus sentimentos,
Quando traduzidos em palavras,
Não soassem como um som do norte, brega!
E que, principalmente, não me envergonhassem.
Falta coerência, falta uma solução, sobra falta presente!
Continuo de olhos fechados pra fora
Continuo de olhos abertos pra dentro
Quanto menos contato melhor
Quanto mais contato melhor
Pareço confuso pra você? (Seria um problema se eu me importasse)
O que era mesmo que me inspirava? (tentando me enganar)
Vamos vento, torne-se tempestade dentro de mim
Destrua tudo o que encontrar, fique a vontade, é o melhor!

(Marcelo Guimarães)

sexta-feira, fevereiro 11, 2011

Um Palhaço

Há uma calma que não condiz
Estampada no rosto gélido,
Uma feição que contradiz
E esconde um olhar trepido.
(...)

(Marcelo Guimarães)

segunda-feira, janeiro 24, 2011

Bailarina

Anjo de pureza singular
De leve gesto delicado
Encanta somente por olhar
Sempre me deixa acanhado.
Flutua como se asas tivesse
Tem o céu como seu tablado,
A de mim se contigo estivesse
Pois por um anjo seria amado.
Sua voz é doce melodia
Sua dança, ritmo perfeito
Com Deus, em constante harmonia
Choro eu, por ser tão imperfeito.

(Marcelo Guimarães)

quarta-feira, outubro 27, 2010

Lá e cá

De um escapismo exacerbado
Para realidade torturante,
Saindo de onde foi colocado
E voltando ao status quo ante.
Ainda confuso com o real
Destoante do meu eu,
Em sobremodo o racional
Por detrimento ao amor meu.
Preciso do entendimento
De quem por muito já viveu,
O raro descontentamento
De um ideal que se perdeu.

(Marcelo Guimarães)

quarta-feira, outubro 20, 2010

Da esquerda para direita

É certo que tenho minhas convicções
É certo que as busquei
É certo que houveram desilusões
É certo que não descansei.
É certo que continuei a tentar
É certo que pegadas deixei
É certo, por diversas vezes errar
É certo que ao errar chorei.
É certo que a sociedade te obriga
É certo que ela te consome
É certo que mesmo tentando, não consiga
Dar mais importância a essência do que a um nome.

(Marcelo Guimarães)